Dia da Landra

Com a finalidade de resgatar a bolota como símbolo nacional, Destino Galaico recolhe a iniciativa de José Manuel Nunes Vilar de criar o Dia Da Landra. Trata-se de festejar o amor pela árvore insigne do povo galego, do velho culto druídico, o carvalho. Como não podia ser doutro modo é na época em que as landras maduras começam a cair ao châo que o povo se reúne faustosamente entre carvalhos. É tempo de jogos populares, copiosas comidas, música e dança, tempo de deitar uma landra em terra nutrida com ledice, ilusão e esperança.

O ritual:

O rito da bolota, ideado por José M. Nunes, consiste em apadrinhar uma landra na que se deposita a esperança de melhores tempos, anseios de glória, fortuna e saúde que se acharão projetados  na árvore destinada a medrar e viver por centos de anos. Durante o banquete uma pessoa é eleita pela comunidade como o pai ou a mãe carvalho. Cuma coroa de folhas desta árvore e um colar de bolotas, é quem oficia a cerimónia. Em pé os amigos formam um círculo e fazem passar pelas mãos de todos a landra na qual se depositam mentalmente os nossos sonhos e ilusões. O pai ou a mãe carvalho tem a responsabilidade de levar a landra com ele ou ela para deitá-la na terra. Se a bolota germinar, a irmandade voltará a reunir-se no local onde nasce o carvalho gratos por ver como as nossas ilusões se materializam na árvore insigne do nosso povo.

Livro Gastronómico da Landra

 

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Fotografias Dia Da Landra – Póvoa do Sam Julião (2011)

 

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Iolanda Aldrei

 

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José Manuel Nunes

 

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Iolanda Aldrei